Dia 11 de fevereiro celebra mundialmente a presença de meninas e mulheres na ciência. A data retoma as principais vitórias da produção intelectual feminina e joga luz sobre as dificuldades que ainda limitam a presença das mulheres na pesquisa científica.
Via de regra, as mulheres são desestimuladas, boicotadas e, em alguns casos, até mesmo impedidas de dedicarem-se à produção científico-intelectual. Existe a expectativa de que elas estudem e alcancem certo sucesso profissional, mas esse êxito não deve se projetar — e muito menos competir — com a devoção à vida doméstica e matrimonial.
O curso dessa realidade, no entanto, está em transformação. Universidades e fundações de apoio, amparo e fomento à pesquisa têm trabalhado pelo ingresso massivo de mulheres e meninas na ciência. Projetos como Meninas SuperCientistas, da UNICAMP, e Mergulho na Ciência, da USP, estimulam a aproximação feminina da vida laboratorial e intelectual, mediando o ingresso das mulheres na universidade desde a adolescência.
Ainda que a resolução efetiva do problema esteja distante, o país já pode saborear algumas das conquistas femininas na academia: em março de 2020, um grupo de mulheres sequenciou o genoma do novo coronavírus; a produção nacional da CoronaVac, vacina de tecnologia chinesa, foi desenvolvida por um núcleo majoritariamente feminino dentro do Instituto Butantã.
Texto e Arte: Equipe ODH