Lançamento Coleção Jurema Volume 2
Serão lançados na próxima semana, durante a Calourada 2021, os dois primeiros e-books da “Coleção Jurema – sabedorias ancestrais e direitos humanos”. A coleção é uma iniciativa conjunta da Diretoria de Cultura (DCult) da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (ProEC) e da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH), para divulgar o que vem sendo desenvolvido na Universidade de forma acessível e qualificada. A segunda publicação, “Os direitos humanos à prova do tempo”, será lançada no dia 19/03 (link da transmissão), às 17h. O e-book é gratuito.
“Os e-books trazem uma mirada cuidadosa para a pertinência e a necessidade das sabedorias ancestrais e dos direitos humanos na universidade contemporânea, bem como o relato dos sonhos e esforços para que isto seja conquistado”, afirma Wenceslau Oliveira Jr., coordenador geral da DCult e um dos idealizadores da Coleção.
Para Neri de Barros Almeida, diretora executiva de Direitos Humanos, a coleção é também fruto da articulação de muitas iniciativas no campo dos Direitos Humanos que florescem na Universidade. “Os debates sobre direitos humanos na Unicamp se tornaram mais intensos, nos últimos dois anos. Além das ações da DeDH, tivemos também muitas iniciativas espontâneas. Houve uma legitimação de uma série de desejos que já existiam em nossa comunidade. A DeDH acabou se tornando um espaço de referenciamento para essas ações, tornou as pessoas mais convencidas de que era o momento oportuno para esses projetos”, afirma Neri. A Coleção traz, de acordo com ela, uma oportunidade de diálogo desses profissionais com o público mais amplo.
A colaboração entre as diretorias de Cultura e Direitos Humanos para a organização e publicação da Coleção Jurema sinaliza, segundo Alik Wunder, co-organizadora da Coleção, a ausência de cisão entre produção cultural e produção acadêmica na universidade. Ela aponta ainda o impacto da implantação da política de cotas e da criação da Diretoria Executiva de Direitos Humanos na vida e na produção universitárias. “O aumento do número de estudantes negros/as e indígenas desde 2019 na universidade, coloca a ela um desafio ainda maior de dialogar com as demandas, com as lutas, com as sabedorias das populações negras e indígenas do país. Temos criado muitos espaços/tempos de encontro e diálogo nestes dois anos e vejo que a Coleção vem no sentido de dar visibilidade a esta riqueza de trocas que tem acontecido entre a universidade, os povos indígenas e comunidades negras”, destaca.