“Direitos violados: esforços de ‘correção’ da sexualidade e da identidade de gênero no Brasil e na América Latina”
Acontece, no próximo dia 30/06, às 17h, no Canal do Youtube da Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp, o evento “Direitos violados: esforços de ‘correção’ da sexualidade e da identidade de gênero no Brasil e na América Latina”.
Garantir que a orientação sexual e a identidade de gênero não sejam tratadas como doença é, em geral, parte das prioridades e das primeiras ações realizadas quando movimentos em favor dos direitos de LGBT se organizam em determinado país. No Brasil, isso aconteceu em meados dos anos 1980: provocado pelo movimento social e pelo Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer afirmando que a homossexualidade não se constituía por si mesma em patologia. Em 2018, a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS) removeu os últimos resquícios patologizantes em relação a homo e bissexuais e a pessoas trans. Em 1990, a OMS já havia retirado a homossexualidade da CID. Apesar disso, esforços de “correção” e contrainformação patologizante se fazem presentes de modo importante no Brasil e na América Latina; e não se reduziram, a despeito dos processos de reconhecimento de direitos em âmbito nacional e internacional nas últimas décadas.
O que sabemos sobre esse tipo de violação no Brasil? Como a situação brasileira está em relação a outros países latinoamericanos? Como conselhos profissionais têm se posicionado e procurado enfrentar essas violações? Há relação com o avanço de conservadorismos na sociedade e na política e a disputa de eleitorados ultraconservadores? Como mudanças recentes nas políticas de saúde/saúde mental se relacionam a essas violações? Que tipo de conhecimento e de ação é preciso construir para enfrentá-las?
Para debater essas importantes questões, convidamos:
Ana Andrade – ativista pelos direitos LGBT+ e comunicadora. Atualmente, está como Gerente Sênior de Campanhas para a América Latina na All Out, uma organização internacional de defesa dos direitos LGBT+.
Anelise Fróes – doutora em Antropologia Social (UFRGS), Coordenadora de Pesquisa no Instituto Matizes e integra o NIEJ/UFRJ, onde pesquisa racismo, xenofobia, antissemitismo e memória.
Héder Bello – doutorando pelo PPGTP pela UFRJ, mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ), especialista em Trauma e Urgências Subjetivas (PUC-Rio), Psicólogo (CRP 05/51594) pela UFF. Coordenador do Eixo de Psicologia e Laicidade (CRP-RJ) e pesquisador colaborador do grupo RELAPSO (USP).
Marco Aurelio Maximo Prado – professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFMG onde coordena o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT+, o NUH. Possui estágio pós doutoral na Universidade de Massachusetts/Amherst na Cátedra de Estudos Brasileiros pela Fundação Fulbright.
A mediação será realizada por Regina Facchini, doutora em Ciências Sociais, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, co-coordenadora da Comissão Assessora Gênero e Sexualidade da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH) da Unicamp e coordenadora do Comitê Gênero e Sexualidade da Associação Brasileira de Antropologia.
As inscrições podem ser feitas em bit.ly/direitos3006